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amulherqueamalivros

Seg | 12.11.18

Por onde começar o processo de desenvolvimento pessoal?

Cláudia Oliveira

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Quero partilhar como foi comigo, como tudo começou para o meu caminho de desenvolvimento pessoal. Aquilo que mais me ajudou a transformar alguns aspectos da minha vida a vários níveis. Foram pequenas mudanças que se transformaram em mudanças gigantes, mas que me fizeram dar o salto, evoluir, fazer coisas que não teria feito sem esta evolução. Não foi uma jornada rápida. Nem sequer acabou. 
 
Se vieste ler este texto por iniciativa própria, sentes vontade de encontrar respostas. É assim que tudo começa. Com o despertar. Existem tantos caminhos que nem sempre sabemos o que fazer a seguir. Eu deixaria isso entregue à tua intuição, mas posso dar-te algumas dicas para começares a testar o que serve para ti. 
 
 
O desenvolvimento da minha espiritualidade foi o aspecto mais notório na minha caminhada. A busca por paz interior para contornar os meus dias de ansiedade e stress. A procura por uma solução para enfrentar os meus dias caóticos, relações tóxicas e foco nos meus objetivos. Estas necessidades foram a minha maior motivação. 
 
 
Por onde comecei? Pela minha alimentação. Lembro-me tão bem. Estava grávida da Francisca quando vi um documentário sobre o açúcar chamado That Sugar Film. Após a visualização, decidi fazer uma experiência, largar o açúcar e a carne. E correu super bem. Notei benefícios em vários momentos da minha gravidez. As minhas análises apresentaram resultados muito positivos, deixei de ter anemia e passei a ter mais energia. Vi mais documentários e pesquisei muito sobre os benefícios físicos e ambientais da redução de carne na minha alimenntação. Uma coisa leva à outra. Foi o verdadeiro despertar. Novos hábitos, e o horizonte passou a expandir. Os interesses aumentaram. A procura por cada vez mais respostas. Depois do vegetarianismo, apareceu o minimalismo.
 
Quando descobri o minimalismo, foi uma lufada de ar fresco. Destralhar tudo o que sentia em excesso mudou bastante a minha forma de encarar a vida. Talvez a maternidade tenha ajudado neste processo. Um mundo melhor, uma casa mais leve e princípios alinhados com aquilo que acredito. Para além dos diversos problemas que eu tinha com o dinheiro e a necessidade de poupança. Uma relação que hoje em dia se encontra saudável depois de muito treinamento e mudanças. 
 
Ninguém pode abraçar nada na sua vida se não tiver vontade de mudar verdadeiramente. A necessidade tem de surgir naturalmente. Caso contrário acaba por ser um castigo e ninguém quer isso. 
 
O minimalismo deixou-me pronta para abrir mão de algumas amizades e relações que não acrescentavam nada. Deixar ir quem não quer estar, quem não queremos que fique. Talvez tenha sido o processo mais difícil porque estava ligado a questões emocionais, mas depois de começar, acabei por me habituar à paz e passou a ser natural. Valeu a pena cada degrau. A minha vida passou por uma verdadeira limpeza material e emocional. 
 
Esta fase trouxe-me mais coisas boas do que menos boas. Acabei por me focar nos meus objetivos, no estudo, na família e em todas as mudanças que estavam a acontecer à minha volta. Foi quando viajei pela primeira vez para fora do país, voltei aos estudos, equilibrei as finanças e tirei partido de vários momentos. Deixei entrar pessoas novas na minha vida, que me trouxeram experiências maravilhosas e novos ensinamentos. Passei a soltar-me mais e deixei  de sofrer por insignificâncias. A leveza da vida é isso.
 
Depois, da limpeza senti necessidade de voltar a ter uma rotina que me fizesse sentir completa. Com uma vida cheia de tarefas domésticas e profissionais (cheguei a ter quatro empregos), acabei por descurar as minhas paixões e precisava de me conectar a mim mesma através da espiritualidade. E será que o tempo dispensado em trabalho extra contribuía para uma vida melhor? Foi quando descobri que o melhor seria optar pela organização e gestão do meu tempo, em vez de passar os dias cansada. 
 
Estabeleci um plano a vários níveis. Profissional, pessoal, familiar e financeiro. Tracei objetivos, metas, passei a definir três objetivos diários. Entra nesse momento o Milagre da Manhã, com as ferramentas necessárias para organizar-me e estabelecer contacto com a minha espiritualidade. Tirar uma hora para mim, antes de toda a gente acordar, fez muita diferença. Vi vários vídeos na internet sobre o assunto. Li livros sobre o mindfulness, testei várias técnicas e falei com outras pessoas que me ensinaram bastante. Lembro-me da altura em que fiz o meu mapa astral, estava grávida da Fracisca, e comecei a procurar mais sobre numerologia e astrologia. A vontade de estudar mais sobre o assunto aumentou e hoje sinto que é uma caminhada sem fim. 
 
Talvez me tenha esquecido de algumas etapas, mas o essencial está aqui. As várias áreas que podemos explorar, dentro das nossas necessidades. Algo que mudou bastante foi o estado de ansiedade permanente com a mente no futuro. Antes do meu casamento, estava extremamente ligada ao passado, também tive todo um trabalho para romper com memórias que me faziam infeliz. O desenvolvimento pessoal é um trabalho diário, que contribui para o melhoramento das nossas relações e enquanto indivíduos. A literatura é outro factor bastante essencial. Aprender, desenvolver o poder critico e aumentar os horizontes. 
 
Continuo a ter as minhas lutas. Procuro tirar o melhor de cada uma. 
 
Este foi o meu processo inicial. Para responder de forma concreta à pergunta, por onde começar, tenho uma resposta simples. Pelo despertar. Ouvir o que a mente diz, sentimos necessidade de mudar: o quê? como? O resto será natural. A abertura para a mudança atrai mudanças. 
 
 
 
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