Capítulo I | diário da minha tentativa de ter uma vida saudável
Nem só de livros se faz uma vida. É necessário ter hábitos saudáveis para além da leitura. Desta forma, abro a porta para o meu dia-a-dia para além das leituras.
Bom dia, o meu nome é Cláudia, tenho trinta anos, um filho de um ano e quero mudar os meus hábitos de vida e educar o meu filho a comer de forma saudável. Eu nunca tive muitos cuidados na hora de escolher a comida e desporto nem vê-lo. Vi a reportagem da SIC: Somos o Que Comemos e fiquei abismada. Atormentou-me, acabei por ver três vezes a reportagem, para terem noção. Decidi, vou mudar. E vou mesmo. Por mim e pelos meus. Também podem espreitar AQUI a entrevista SUPER INTERESSANTE que a Lénia do blog not so fast partilhou no facebook.
Segundo a reportagem e os especialistas abordados, o açúcar deve ser eliminado da nossa alimentação. Carne, de preferência de aves. Peixe, de preferência, sardinhas. E podem (devem) existir dias sem os ditos.
"Mas há estratégias que podem ser implementadas. Uma é comprar carne de melhor qualidade e comer menos quantidade e menos vezes. É preferível comer carne três vezes por semana em vez de comer carne gorda todos os dias. Além disso, toda a gente ganha se fizer uma alimentação vegetariana dois dias da semana e em vez da carne comer, por exemplo, arroz de feijão ou grão-de-bico com massa. Se se acrescentar hortaliças, ervas aromáticas e azeite, podemos dizer que são refeições perfeitas. Menos carne, mas de melhor qualidade; mais peixe (incluindo cavala e sardinhas, frescas ou em conserva de azeite) e ovos (podem ser consumidos três ou quatro por semana) são opções a privilegiar."
"Devemos tirar os refrigerantes, cereais com açúcar, pastelaria, óleos e margarinas – para cozinhar devemos usar o azeite, só azeite. Todos os refrigerantes são um estrago de dinheiro – as pessoas devem beber água. Os cereais com açúcar (os de pequeno-almoço e as bolachas) também são prescindíveis – devemos escolher cereais completos, integrais, que até são mais baratos. Compare-se o preço de uma caixa de cereais de pequeno-almoço com o de um pacote de flocos de aveia, que são altamente nutritivos. A aveia é muito mais barata e muito nutritiva."
Posto isto, vamos lá. O que fiz de imediato? Passei a ler os rótulos, com olhos de ver, dos produtos alimentares. Acho que é um passo importante. Então, vamos lá conhecer melhor aquilo que como. Se tem ou não açúcares, se é ou não verdadeiramente saudável. Desta forma eliminei vários produtos nas compras de mercearia.
Eu comia, até à semana passada, um (ou mais) doce todos os dias. Ou mais que um. Açúcar atrás de açúcar. E coincidência ou não sentia-me sempre cansada, sempre exausta, sem vontade para nada. Só poderei falar nisso quando os resultados desta mudança surtirem efeito. Eu não vou eliminar o açúcar com o objectivo de emagrecer. Um corpo magro não significa necessariamente que seja saudável. Para além disso pretendo engordar e voltar ao peso que considero saudável e feliz para mim. Não quero encher-me de porcarias e engordar à conta de gorduras e açúcares.
O meu problema seria o pequeno-almoço. Sempre tentei criar pequenos almoços saudáveis mas acabava, por desleixo, comer uma porcaria qualquer e ir trabalhar. Não, chega! Vou acordar mais cedo, comer com calma e escolher melhor.
Algumas opções que me ocorreram e pus em prática:
1. pão alfarroba com pouca manteiga + sumo natural ou leite de amêndoa ou chá + uma peça de fruta
2. papas de aveia com leite de amêndoa com muesli (e/ou fruta)
3. panquecas saudáveis do blog Receitas da Gi
A meio da manhã, uma peça de fruta ou um iogurte magro. Vou começar a fazer iogurtes caseiros e trazer para o emprego. Quanto ao resto das refeições preciso de um plano. Deixei de comprar carne de porco há muito tempo. Tenho comido mais peixe e legumes. Estou a pensar começar a fazer uma ementa semanal para facilitar na hora de fazer compras ou escolher o próximo prato. Começo pela alimentação, depois passo para o desporto.
Sempre tive o hábito de fazer um bolo aos fins de semana. Recentemente experimentei fazer uma receita de um bolo sem gluten e usei açúcar amarelo. Bolo de laranja sem glúten da revista Bimby deste mês.
Hoje é dia de fazer compras para encher o frigorifico. No calendário está marcado o dia 10 como o primeiro dia sem açúcar. Quantos dias vou estar sem conseguir consumir açúcar de forma incontrolável e desmedida? Vou sentir diferenças? É possível comer bem e sentir a barriguinha aconchegada?
Ver pessoas a comer croissant com nutella enquanto engulo um pão de alfarroba não é fácil mas deixa-me feliz por saber que sou eu e a minha força de vontade a mandar no que como e não a minha mente. Não digo que nunca mais vou comer porcarias, mas vou mudar os números ao contrário.