Quero ler tudo escrito por Marieke Lucas Rijneveld. Foi com essa certeza que saí deste livro. Quando o iniciei, sem saber nada sobre, senti ligações a uma outra obra clássica, Lolita. E percebe-se as razões, as passagens de obsessão de um homem por uma menina, sendo ela a sua querida favorita. Entre elogios doces, bonitos (dizer isto, parece-me errado) e de encantamento, levou-me do nojo e desprezo. Quanto mais explícito fica, mais perturbador. Quanto mais avança, mais cruel. (...)
Um diário intimo e cru. Uma corrente de memórias e confissões. A narradora transmite sofrimento e angústia. Perda, confinamento, doença, infertilidade são os temas abordados. Existem inúmeras referências literárias. Machado de Assis, obviamente. Ela é a autora da sua biografia em Portugal, A Flor Amarela. Elena Ferrante, Vírginia Woolf e Svetlana são mencionadas. A escrita recordou-me a de Virgínia Woolf. Foi uma experiência desconcertante ler este livro. (...)
Li o novo livro de ensaios de João Tordo. Tinha gostado do seu outro livro e estava ansiosa para ler mais não -ficção. O outro livro é um bombom para quem acompanha o seu percurso. Recomendo muito. Infelizmente este livro ficou aquém das minhas expectativas. Achei bastante moralista e pretensioso. Repetitivo em algumas questões. Li várias vezes a (...)
Um livro angustiante e melancólico. Muito à semelhança dos livros de Carson McCullers. A história passa-se nos anos 40, na Argentina. Uma família disfuncional, mulheres abandonadas à sua sorte. Yana, a voz principal, é uma mulher que recorre à arte para disfarçar traumas e fantasmas. Um romance que foi deixando um vazio dentro de mim. Com frases longas, para entrarmos na mente da protagonista, e entendermos as suas dificuldades, o romance foi de leitura lenta e ligeiramente (...)
Mete maternidade, quero ler. Neste livro estamos perante uma distopia onde as mulheres são levadas para um lugar para aprenderem a serem boas mães. É-lhes entregue uma boneca para aprenderem a lidar com birras e a dar conforto. Tudo o que uma mãe deve ser. Ali sentem mais culpa e sofrimento, afastadas dos seus filhos pelos mais diversos motivos. Neste enredo a culpa e o julgamentos das mães é levada ao extremo. Este livro deixou-me desconfortável e relembrou-me todos os momentos (...)