Somos a Claudia e a Daniela, irmãs. Uma tem 19 anos, a outra tem 38. Diferença de idades, mentalidade e gostos. Ambas adoramos ler, ver séries e filmes. Criámos este podcast para partilhar muitas dicas de leitura e cinema.
Podes ouvir o primeiro episódio AQUI ou procurar por podcast (gang do kobo) As Manas. O primeiro episódio está no ar e tem imensas sugestões.
Quem tem o seu gosto literário definido sabe muito bem o género de livros que preenche todos os seus requisitos para um excelente livro. Eu selecionei alguns livros sobre os quais tenho 99% de certeza de que serão livros cinco estrelas.
Quero ler tudo escrito por Marieke Lucas Rijneveld. Foi com essa certeza que saí deste livro.
Quando o iniciei, sem saber nada sobre, senti ligações a uma outra obra clássica, Lolita. E percebe-se as razões, as passagens de obsessão de um homem por uma menina, sendo ela a sua querida favorita. Entre elogios doces, bonitos (dizer isto, parece-me errado) e de encantamento, levou-me do nojo e desprezo. Quanto mais explícito fica, mais perturbador. Quanto mais avança, mais cruel. Foi uma experiência completamente visceral.
Nesta narrativa madura, Marieke prova o seu talento. Fiquei realmente muito espantada e agradavelmente surpreendida.
Este livro é difícil de recomendar. Deixo o pré-aviso que eu não tive, é um livro com fortes gatilhos de abuso. Não é só sobre pedofilia, mas temos um homem casado com dois filhos, que mantém relações com uma criança. É sobre tantas coisas.
Fascinante, cruel e difícil de digerir. Mas fica. Eu já falei com mais de cinco pessoas no meu círculo de amigos e colegas sobre ele.
A história passa-se num lugar selvagem chamado Lapvona (criado pela autora) governado por Lord of the Manor Villiam. A comunidade é pequena, todos se conhecem. O protagonista é o Marek, um rapaz órfão de mãe e tratado de forma indiferente por todos (excepto por Ina).
O enredo conduz-nos por um lugar envolvido pela natureza. A violência é um hábito comum entre todos. A minha experiência com este livro foi estranha.
Completamente diferente dos outros livros da autora, Lapvona é bonito e cruel. Noto um amadurecimento da escrita da autora. Lembrei-me dos livros da recente Nobel da Literatura, Olga Tokarczuk. Não sei se isto é bom.
É um livro sobre o que de pior tem a humanidade sobre o comado da fé, pela voz de um homem. Os outros são os meus livros preferidos da autora.