Imagine que tem um desejo que gostava muito de ver realizado. Há uma forma de o conseguir, mas só quando vir um gato branco…
Na mais conhecida grande loja do Japão, esconde-se um segredo que tem passado ao longo de várias gerações: por entre prateleiras e maravilhosos produtos, passeia-se um gato branco, capaz de realizar desejos. Quem o consegue descobrir pode, finalmente, ver o seu maior desejo concedido. Mas encontrá-lo não é fácil: o gato branco esconde-se dos mil sonhos guardados no coração das pessoas…
No grande elevador dourado, Isana, a responsável por fazer os clientes subir e descer aos mágicos pisos da loja, sonha voltar a ver o pai, que a deixou ainda em criança. na sapataria, encontramos Sakiko, que gostaria de reencontrar a sua melhor amiga, com quem não fala há anos. Na secção de produtos de luxo, vemos Kengo, que deseja saber quem é a mãe, que o abandonou à nascença. E no arquivo conhecemos Ichika, que quer recuperar um amor perdido. Todos acalentam a esperança de ver o gato branco. Todos têm memórias agridoces do passado ou um futuro cheio de incertezas, mas será que precisamos que tudo seja como sonhámos para sermos felizes? Quanta felicidade está, afinal, guardada na palavra surpresa?
«Rafaela nasceu com os pés tortos, como uma curupira, "com pais ausentes e deploráveis, sem muitos amigos, sem namorados e com muito tempo para pensar". O único abrigo que tinha em sua existência atormentada era o irmão, Ravi (Sol, em sânscrito), mas ele se foi muito jovem, após um episódio desastroso com a própria irmã. Se Rafaela fosse uma pessoa comum, buscaria a sociedade e seus satélites (o amor, a família, o trabalho etc.) como saída para seu desespero. Mas ela é tudo menos uma ovelha do rebanho, e escolhe a lucidez, ou seja, a queda no desamparo existencial como caminho incontornável. Quando não está escondida em casa, nos livros que lê ou nos relatos fragmentários e dilacerantes que produz, claudica pelo mundo com horror pelas criaturas que o habitam. Todos parecem indiferentes às questões centrais da existência: Como pode uma vida, desprovida de significado último, ser qualquer coisa, menos absurda? Como o homem pode se conformar com o teatro do mundo, se tudo que é belo e verdadeiro na vida humana está destinado a ser destruído em um cosmos material impiedoso? Como encontrar direção em um mundo sem direção? Pelos descaminhos de Rafaela passarão Teles e Rômi, dois jovens que serão atraídos por ela de maneiras opostas, levando o leitor a caminhar (ou cair) entre Eros e Tânatos - estas pulsões que movem o mundo e, talvez, escondam o seu inalcançável propósito.»
Marcos Pamplona
Sobre o autor
Nasceu em São Paulo, Brasil, tem três filhos e é casado. Escreve em prosa e verso e lançou, há alguns anos um livro de Poesias "CONFUSÃO". Desde então, concluiu "RAFAELA EM QUEDA" e está a finalizar um novo livro de Poesias, além de estar a trabalhar num novo Romance. Tem como autores prediletos Machado de Assis, Kafka, Dostoiévski, Pessoa e Rilke, entre tantos mais.
A 93.ª edição da Feira do Livro de Lisboa vai prolongar-se por mais dois dias terminando a 13 de junho, anunciou esta terça-feira a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros.
Viena, 1938. Samuel Adler tem apenas 5 anos quando o pai desaparece, na infame Noite de Cristal – a noite em que a sua família perde tudo. Procurando garantir a segurança do filho, a mãe consegue-lhe lugar num comboio que transporta crianças judias para fora do país, agora ocupado pelo regime nazi. Samuel embarca sozinho, deixando a família para trás, tendo o seu violino como única companhia. Arizona, 2019. Anita Díaz e a mãe tentam entrar nos EUA, fugindo à violência que reina no seu país, El Salvador. No entanto, são separadas na fronteira, ao abrigo de uma nova lei que regulamenta a imigração, forçando à separação das famílias. A mãe desaparece sem deixar rasto, e Anita é colocada em sombrias instituições de acolhimento. O caso desperta a atenção de Selena Durán, uma californiana de ascendência latina, e de Frank Angileri, um promissor advogado, que tudo farão para reunir de novo mãe e filha. Juntos, vão conhecer de perto a violência que muitas mulheres sofrem em silêncio, sem que dela consigam escapar. Entrelaçando passado e presente, O vento conhece o meu nome conta-nos a história destas duas personagens inesquecíveis, ambas em busca da família e de um lar. É uma sentida homenagem aos sacrifícios que fazemos em nome dos filhos e uma carta de amor às crianças que sobrevivem a perigos inimagináveis – sem nunca deixarem de sonhar.
«Nada de começar a chorar. Temos de estar tranquilas. Não estamos perdidas. O vento conhece o meu nome e o teu também. Todos sabem onde estamos. Eu estou aqui contigo, sei onde estás e tu sabes onde estou. Viste? Não há que ter medo.»
Li o novo livro de ensaios de João Tordo. Tinha gostado do seu outro livro e estava ansiosa para ler mais não -ficção. O outro livro é um bombom para quem acompanha o seu percurso. Recomendo muito.
Infelizmente este livro ficou aquém das minhas expectativas. Achei bastante moralista e pretensioso. Repetitivo em algumas questões. Li várias vezes a mesma reflexão em relação aos livros de auto-ajuda e às frases de positivismo.
A ligação que ele faz com a música e literatura é maravilhosa. Foi o que mais gostei neste livro. Talvez a única coisa.
Sei que é chato falar assim de um autor tão querido e do seu trabalho. Defendo que não devemos encher os textos de elogios muito semelhantes àqueles que as mães fazem dos seus filhos, "o meu filho é tão inteligente". Nem sempre, nem sempre. Vão entender o que quero dizer depois de lerem o livro. Tirem as vossas conclusões.