Qui | 27.04.23
Este não vai escapar
Cláudia Oliveira
Minha Querida Favorita, o impressionante novo romance de Marieke Lucas Rijneveld, é a história de um verão asfixiante em que um veterinário rural se aproxima da filha adolescente do criador de gado para quem trabalha. Apesar de correrem boatos de uma doença que afeta seriamente os bovinos das redondezas, o veterinário só pensa em fugir aos traumas da infância e a um casamento que secou há muito tempo e dedicar-se de corpo e alma à sua querida favorita que, praticamente sozinha na quinta nessas férias, prefere viver num mundo de fantasia a aceitar o abandono da mãe.
Nesse verão, os dois desenvolvem um fascínio tão obsessivo um pelo outro que chegam a cruzar todas as fronteiras concebíveis. E a confissão opressiva presente nestas páginas é uma história comovente e ao mesmo tempo chocante sobre a perda, o amor proibido, a solidão e a identidade.
Com uma voz literária sublime capaz de reinterpretar Lolita, de Nabokov, Minha Querida Favorita é um sucessor mais do que digno do romance de estreia de Marieke Lucas Rijneveld, O Desassossego da Noite, com o qual venceu Man Booker International Prize 2020.
Nesse verão, os dois desenvolvem um fascínio tão obsessivo um pelo outro que chegam a cruzar todas as fronteiras concebíveis. E a confissão opressiva presente nestas páginas é uma história comovente e ao mesmo tempo chocante sobre a perda, o amor proibido, a solidão e a identidade.
Com uma voz literária sublime capaz de reinterpretar Lolita, de Nabokov, Minha Querida Favorita é um sucessor mais do que digno do romance de estreia de Marieke Lucas Rijneveld, O Desassossego da Noite, com o qual venceu Man Booker International Prize 2020.
«Na mente de Marieke Lucas Rijneveld desenrola-se uma contínua festa macabra. No salão de baile deslizam personagens de avental, fato-macaco e botas até às virilhas. Dançando umas com as outras, destroem-se. Não é uma festa agradável, não senhor. Mas o leitor deseja estar na lista de convidados, pois de contrário perde uma grande, grande obra literária.»
Jeroen Maris, Humo