Andei a ler no Kobo (está no Kobo Plus) o livro Cérebro de Farinha - o plano para toda a vida. Estava na minha lista há muito tempo. O autor tem imensos livros publicados, comecei pelo último livro de 2017.
Acabou por ser uma leitura muito proveitosa, na fase de vida em que estou. Desconstruiu várias ideias que eu tinha da alimentação, deu-me força para continuar o meu caminho para fazer as minhas escolhas da melhor forma.
Li-o sempre com interesse e acho a linguagem acessível para aprendermos e retermos as informações.
Coisas que eu aprendi com este livro:
Preciso de expulsar os vilões e abraçar os heróis da minha alimentação.
Preciso de estabelecer uma rotina diária de exercício físico.
Preciso de prestar atenção às minhas costas e joelhos.
Preciso de dormir melhor.
Preciso de rodear-me de tranquilidade e pouco stress.
Preciso de desintoxicar o ambiente.
É bom ter um diário sobre as emoções e o que está a acontecer na nossa vida e as decisões que tomamos.
O intestino e super importante e tudo o que comemos na prevenção de diversas doenças.
O livro tem vários textos da autora sobre a maternidade. Intercala os textos com páginas insignificantes de perguntas e respostas. Se algumas passagens são tocantes, outras são só irritantes. Eu queria ter gostado muito deste livro, esforcei-me para isso. Quando os santos não batem...
Não consigo aplaudir movimentos em que os grandes males da Humanidade são os homens e as mulheres são todas umas coitadinhas. Sobretudo as mães. Eu vejo a maternidade como um privilégio. Difícil, muito difícil, mas é um privilégio poder escolher ser mãe ou não ser. E se calhar ela nem mete isso em causa, mas o discurso...
Acho que se endeusa-se muito a maternidade e complica-se o simples. Há teorias para tudo e tudo é assunto sobre ter filhos, como educar filhos e todos têm opinião sobre os filhos dos outros. Não tenho paciência. nem para livros chamados de "livros feministas", onde a culpa do mundo são os homens.
Cada vez mais a sociedade está com problemas e doenças mentais. E sim, é importante que se fale muito e se procure ajuda. Mas não vamos fazer de tudo bichos papões. É uma visão negativa, pesada com a qual não me identifico apesar de concordar com alguns dos textos.
Não quero polémicas. Digo uma coisa que não parece significante e isso vira um problema por pensar de forma diferente. Ser mulher é tão difícil num mundo cheio de mulheres (e mães).
Ai, terminei este livro com o coração destruído. Amei esta história, este drama familiar emocionante. E depois, não tendo nada a ver, senti-me no meio do enredo. A minha vida passou a ser a vida destas crianças. Juro que nada tem a ver. Talvez tenha. De outra forma. É confuso, vi-me ali representada ou sensação de abandono, talvez. Mesmo que o meu pai tenha morrido e não me tenha abandonado de forma deliberada. Mesmo que a minha mãe tenha estado ali, mas meio distante. A infância é um lugar cheio de nevoeiro. Este livro desencadeou em mim várias emoções. Adorei a escrita da autora e não é possível que seja o seu primeiro livro (não é, tive o alerta).
O livro tem todos os ingredientes que me agrada num drama. Envolveu-me, ao fim de um capítulo estava a chorar. Amei as personagens. O desfecho. Tudo. Leiam.