LITERATURA DE VIAGENS | 5 SUGESTÕES
Hoje começa mais uma votação no Clube dos Clássicos Vivos e vai até dia 25. Desta vez o tema escolhido foi Literatura de Viagens. Um género que leio pouco, mas gosto muito. Estou empolgada com a escolha dos próximos meses, Setembro e Outubro. Todos os títulos me parecem bastante interessantes.
São cinco propostas literárias. Vota no teu preferido ou junta-te a esta leitura O clássico vencedor será anunciado no Goodreads, no blog do clube e nas minhas redes sociais no dia 25.
Viagens, Maro Polo
Uma narrativa que leva os leitores numa fascinante viagem ao continente asiático. O relato do primeiro viajante global.
«É a coisa mais bela do mundo», escreve Marco Polo, a páginas tantas. E isto referindo-se aos «bois grandes e brancos como a neve» como às árvores carregadas de frutos exóticos, aos tecidos sumptuosos e às roupagens ricamente adornadas de joias, aos artefactos estranhos e aos costumes inusitados.
Viagens relata uma jornada incansável por terras da Ásia que se estendeu por um quarto de século.
Entre a lenda e a realidade, o livro navega a bom ritmo por geografias distantes e então desconhecidas, em plena Idade Média, transportando os leitores numa exaustiva e alucinante viagem pelas rotas seguidas por mercadores. Eis de novo disponível um livro que influenciou decisivamente, entre outros, Cristóvão Colombo.
Na Patagónia, Bruce Chatwin
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 3º ciclo, destinado a leitura autónoma.
O mais importante dos escritores de viagens e a mais bela das suas grandes narrativas. Uma viagem comovente pela Patagónia e terra do Fogo para descobrir que o fim do mundo não existe. E que a aventura recomeça.
A remota Patagónia, uma terra «no fim do mundo» é habitada por figuras errantes e exiladas, da gaúchos a foragidos, de mineiros peculiares aos índios da Terra do Fogo. Fascinado por este sítio desde a infância, o autor atravessa toda a região, desde Rio Negro até Ushuaia, a cidade no extremo sul, captando o espírito da terra, da sua história e da sua gente, e conferindo-lhe uma expressão poética e intensa. Num escrita prodigiosa, plena de descrições maravilhosas e histórias intrigantes, Na Patagónia narra as viagens de Chatwin por um lugar remoto contando histórias fascinantes que o vão atrasando no seu caminho.
Morte na Pérsia, AnneMaria Schwarzenbach
Sinopse
«"Morte na Pérsia", livro escrito na primeira metade dos anos 30 mas que se manteria inédito até 1995, é um relato de viagens como nenhum outro. Annemarie parte para tentar escapar à ascensão alarmante do nazismo na Europa mas também à família, à infelicidade amorosa e à sua própria depressão. Empreende assim uma viagem em que se depara com a impossibilidade radical de fugir de si mesma. As paisagens persas adquirem as tonalidades da melancolia e da angústia da escritora. É esta viagem, simultaneamente por estrada e pelos atalhos mais recônditos da alma humana, que faz de "Morte na Pérsia" um livro comovente.»
Carlos Vaz Marques
O Velho Expresso da Patagónia, Paul Theroux
Sinopse
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Paul Theroux saiu de sua casa em Medford, Massachusetts, numa manhã de mau tempo e apanhou o suburbano para Boston. Aí chegado, apanhou outro comboio para Chicago, e assim sucessivamente, até ao percurso final no Velho Expresso da Patagónia, que o levou à mítica e remota região do Sul da América. Um relato de encontros, rostos e histórias. Uma obra-prima da literatura de viagens.
Veneza, Jan Morris
Sinopse
Jan Morris é hoje o nome mais importante de entre os autores vivos de literatura de viagens. Nas palavras de Paul Theroux, outro dos grandes escritores viajantes do nosso tempo, é "um dos maiores escritores descritivos da língua inglesa". De hoje e de sempre, depreende-se. Por isso ele lhe chama também "um génio da viagem".
O livro que tem nas mãos, caro leitor, é já um clássico. Publicado originalmente há meio século, é muitas vezes referido como o livro sobre Veneza. Nele, Jan Morris entrelaça o H grande da História com um apuradíssimo sentido de observação para o h pequeno das histórias do quotidiano. É assim - para dar apenas um exemplo comezinho - que ficamos a saber porque há tantos gatos e porque deixou de haver cavalos em Veneza.
A autora, que publicou pela primeira vez este livro, em 1960, ainda com o nome de James Morris e cuja mudança de sexo na década seguinte acrescentou notoriedade à sua já famosa carreira jornalística, é uma figura extraordinária também por razões biográficas. É numa permanente inquietação da viagem que Jan Morris, percorrendo o mundo para o interpretar, tenta revelar o enigma dos lugares que visita tal como se propõe desvendar o seu próprio enigma interior. "Por vezes, rio abaixo, quase penso que o consigo; mas então a luz muda, o vento vira, uma nuvem atravessa-se à frente do sol e o significado de tudo isto volta uma vez mais a escapar-me."
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