Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

amulherqueamalivros

Ter | 05.06.18

AQUILO QUE OS HOMENS ME EXPLICAM | REBECCA SOLNIT

Cláudia Oliveira

IMG_20180605_132229_HDR.jpg

 

Eu sabia que devia ter lido este livro mais cedo. Ensaios sobre a igualdade de género, num tom sério e cheio de dados importantes, só podiam trazer conhecimento para a minha vida. É aquele livro que devia comprar, depois de ter lido após empréstimo na biblioteca. Numa mega oportunidade, quem sabe.

 

Talvez seja uma leitura aborrecida para quem dispensa leituras baseadas em estatísticas e aspetos reais de outro país. No entanto, fala em todas as mulheres, e na forma como a agressividade está em 90% dos homens. Talvez seja demasiado cruel para quem está habituado a paninhos quentes em relação a um assunto tabu.  E apesar do retrato ser dos americanos, temos aqui representada a nossa realidade noutra escala. E afinal, não é o mundo a morada universal?

 

Um livro que mostra como os homens calam as mulheres. Como abafam os seus conhecimentos e inteligência. Como as mulheres são pouco valorizadas. No poder das nossas vozes enquanto lutadoras pelos direitos de igualdade de género. 

 

Um livro que acrescentou. Como ele, trouxe a vontade de manter uma voz ativa de enaltecer o trabalho de todas as mulheres. E pensei seriamente em criar outro blog com esse objetivo, mas posso muito bem usar este cantinho. Como tenho feito, através das minhas sugestões literárias e sempre que possível nas minhas redes sociais. Não preciso de ter medo dos haters, até porque haters gonna hate.

 

Recomendo imenso este livro. Tem de ser lido por mais pessoas, por favor. Ah, leiam a opinião da Alexandra, que muito contribuiu para a minha leitura, AQUI.

Ter | 05.06.18

DESCARAMENTO

Cláudia Oliveira

Um segredo é um segredo. E quando pedimos a alguém para não contar a outra pessoa, não esperamos que essa pessoa guarde segredo. Até porque todos sabemos que a frase fará com que os segredos cheguem mais depressa ao vizinho. Também sabemos que quando contamos um segredo a alguém de confiança não pedimos para não contar a ninguém. Todos sabemos que a língua dá coceira, faz ferida. O mínimo que pedimos é que a pessoa que já sabe de tudo não finja admiração. Surpresa, como se fosse a primeira vez que tenha ouvido tal barbaridade. Preferimos, nisto estamos juntos, preferimos a sinceridade. Olha, já sabia. Porque a boca pode fingir, mas as palavras não. E não há nada pior do que alguém de confiança quebrar a nossa confiança. Mas pior é quando alguém quebra a nossa confiança, mas acha que somos tolinhos e não vemos espelhada a mentira. “Então e o que passa? Ah a sério? Ah e agora? Ahhhhh ”. A B.