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amulherqueamalivros

Qua | 17.01.18

MINIMALISMO | COMO TUDO COMEÇOU

Cláudia Oliveira

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Tenho tanto para partilhar convosco. Nestas últimas semanas tenho dedicado a minha atenção ao estudo. Sou uma auto didacta e gosto de aprender. A minha curiosidade pelas mais diversas áreas faz-me estudar. Gosto de alargar os meus horizontes. Seja através de livros, filmes, documentários, internet, viagens. Devido à minha sede pelo conhecimento, rodeio-me sempre (quase sempre, vá) de pessoas com interesses diversos para aprender com elas. Absorvo tudo e escolho o que mais se identifica comigo. Não saio por aí a converter-me a todas as religiões. Sem extremismos, please. 

 

Há ano e pouco descobri o minimalismo. Não tinha um nome. Só percebi mais tarde que a minha atitude de estar sem consumir por um ano era chamado de minimalismo. Comecei a procurar tudo sobre o assunto e senti-me perto de algo com que me identificava. Estar sem consumir mudou a minha vida. Mudou-me como pessoa. Senti necessidade de mudar porque a minha vida ficou diferente com a chegada dos meus filhos. Eu fiquei diferente. Eu comecei a ver o que realmente interessava. O brilho do consumismo não era para mim, eu já não era assim. Já não sou. Eu de facto acho um desperdício de dinheiro comprar roupa sem fim, encher os armários e não usar metade. Não me identifico de todo. Quando sinto que estou errada faço por mudar. De facto, enfrento os meus defeitos e tento.

 

O meu único problema em relação ao consumismo sempre foram os livros, mas também estou a fazer por mudar. Na verdade nunca vi isso como um problema grave porque leio bem mais do que aquilo que compro. Mas é. Outro problema é a necessidade de ter um telemóvel sofisticado, com uma boa câmara.  Sinto que preciso disso para trabalhar nas áreas que mais gosto. Será que preciso?

 

Por saber que era consumista de uma forma desequilibrada ponderei testar-me. Nada melhor para o auto conhecimento. Eu faço isso frequentemente e descubro sempre várias coisas sobre mim. Aliás, eu gosto de sair da zona de conforto para ver mais além. Leio livros fora da minha zona de conforto, vejo filmes que nunca estiveram na minha lista. Juro, não há nada melhor do que enfrentar o desconhecido. Nunca me ouvirão dizer, "não consigo" sem tentar. E rodeada de todos estes factores, pus mãos à obra numa altura mais fácil. Foi durante a gravidez da minha segunda filha que decidi ficar um ano sem comprar roupa, calçado e acessórios. 

 

Mais fácil porque estaria muito tempo em casa a cuidar dela e não precisava de roupa nova para enfrentar encontros sociais ou outro tipo de eventos. Mas enganei-me, não foi a altura mais fácil. Foi o ano mais movimentado de sempre. Fiz inúmeras coisas, saí imenso e conheci muito. Mas continuava a não precisar de roupa. Interessante não é? 

 

Como não fiquei satisfeita, aderi recentemente ao armário cápsula. Já fiz a selecção das peças ( no entanto, preciso de diminuir). Para tornar o compromisso mais sério, resolvi revelar-vos quais foram as peças e fazer um update no final do primeiro mês. O que acham?

 

Estar um ano sem comprar roupas foi o pontapé de partida para a grande mudança. Eu não quero seguir um estilo de vida minimalista porque o minimalismo está (ou não) na moda. Eu quero realmente deixar entrar o minimalismo na minha vida, ainda tenho um grande caminho pela frente. Este blog foi o lugar que arranjei para registar todo o meu processo e dividir com outras pessoas a minha caminhada.

 

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