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amulherqueamalivros

Ter | 26.09.17

"CONTE A SUA HISTÓRIA" | JOANNE FEDLER

Cláudia Oliveira

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Quero escrever um livro desde que me conheço. No entanto, passo a vida a adiar essa tarefa. Aliás, já escrevi  três livros mas nada do qual me orgulhe. Antes de ir de férias tive um convite para publicar um livro mas recusei. Quanto mais leio, mais penso que não tenho talento e preciso de largar este sonho. Já frequentei um curso de escrita criativa e um workshop com a mesma temática. Ambos foram interessantes, mas não os considero essenciais. Foram mais exercícios práticos e alguma conversa sobre escritores. Adoro ler livros sobre a arte da escrita, já li uma série deles. Estou sempre à procura de novidades dentro do género.

 

Conte a Sua História" foi lançado pela Pergaminho este mês. Li-o e gostei bastante. É diferente do que já tinha lido. Para além de diversas dicas motivadoras também tem vários conselhos para a estrutura de um romance. Dá ideias chave, levanta questões para quebrar o medo na hora de criar uma história e responde a várias dúvidas dos aspirantes a escritores. Os quadros e as listas tornam a leitura fluida e dinâmica. É aquele género de livro para consultar regularmente nos momentos de criação. 

 

Este livro surpreendeu-me imenso. Revelou-se interessante, prático e cheio de dicas importantes. O conteúdo é de fácil entendimento, qualquer pessoa entende a mensagem devido à linguagem clara e objetiva. Confesso que aumentou os meus conhecimentos e quebrou alguns medos. Algumas dicas já tinha aprendido no curso de escrita e no workshop, foi agradável relembrar alguns conhecimentos adquiridos. 

 

Partilho três conselhos dos imensos que ela tem neste livro

 

1. '... Se não ler, por favor, por favor,  não escreva.'
 
 
Ler é essencial. É a dica mais preciosa e fácil de concretizar. A explicação da autora é simples: precisamos de apoiar os "colegas" na arte para sermos respeitados mais tarde. Também sugere a criação de um canal no YouTube caso o gosto pela leitura seja nulo e a vontade de ser conhecido seja superior.
 
 
 
2. '...use um pseudónimo no caso de ser publicado.' 
 
Imagine que tem uma história polémica e não quer magoar os envolvidos. Expor histórias envolvidas em drogas, álcool, depressão é sempre um assunto delicado. Mas se calhar é única história que tem para contar. Usar um pseudónimo acaba por ser uma forma de respeitar os envolvidos. 
 
 
3. "...importa por onde é que começa a escrever,  importa é que comece. '
 
Aqui está. Manter a ideia guardada não vai valer de muito. Está na hora de começar e deixar os medos de lado. Sem preguiças, preconceitos e dúvidas. Comece, o resto vem. 
 
 
Retirei para mim os melhores conselhos e vou levar em conta as palavras da Joanne. Mais do que um livro de conselhos na arte da escrita é um ótimo impulsionador. Leia este livro e comece hoje a escrever o seu livro. Recomendo.
 
 
Vocês também gostam de livros deste género? Sonham escrever um livro? Têm medo de avançar?
 
(livro cedido pela editora Pergaminho)
 
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Ter | 26.09.17

NOVIDADE | PÃO COM FIAMBRE | CHARLES BUKOWSKI

Cláudia Oliveira

Li há uns tempos, em ebook. Sai pela primeira vez a edição traduzida pela Alfaguara. Este é obrigatório. É maravilhoso. espectacular, fabuloso. Sério. Leiam. Dia de 4 de Outubro.

 

SINOPSE

Naquele que é amplamente considerado o melhor de todos os seus romances, Charles Bukowski descreve os longos e amargos anos de uma juventude vivida à margem, através da voz inconfundível de Henry Chinaski, o seu famoso alter-ego. 

Parcialmente autobiográfico, mas absolutamente cómico, trágico e nostálgico Pão com fiambre tornou-se, quase de imediato, um clássico da literatura americana contemporânea.

Ter | 26.09.17

NOVIDADE | QUANDO AS GIRAFAS BAIXAM O PESCOÇO | SANDRO WILLIAM JUNQUEIRA

Cláudia Oliveira

Sandro William Junqueira é um autor que ainda não li, mas tenho imenso interesse. Sai no final de Outubro pela Caminho, como tem sido habitual.

 

SINOPSE

 

A mulher gorda gosta de comprar jacintos, o desempregado sonha com um prato de goulash e há duas irmãs que andam a costurar linhas complicadas entre elas. 
De vez em quando, nos intervalos dos barulhos da cidade, ouve-se pelas paredes uma música de Brel, rosas a crescer ou um programa sobre a vida animal - como é que a cabeça das girafas não rebenta se está tão longe do coração? 
Em comum, entre os pés que fazem barulho em cima da cabeça e os pés que incomodam quem está em baixo, só a gaiola de cimento onde se tentam arrumar as vidinhas e, ainda assim, aquela vontade de ser pássaro.

Sandro William Junqueira continua a construir, agora em altura, um território literário de desconfortos e pulsões que estava ainda por cartografar, e volta à ficção com um livro feito de penas e betão.