Após um pedido do editor para voltar a escrever após vinte anos do livro "Crónicas de Uma Pequena Ilha", Billy regressa a Inglaterra para recolher memórias para o seu último livro de viagens. Nunca tinha lido nada do autor, mas já tinha ouvido falar no registo bem disposto da sua narrativa. Após a leitura deste, fiquei extremamente interessada em ler os primeiros livros. Contudo, acho que não foi uma boa ideia começar por este.
Há uma ligação evidente ao passado, teria sido mais interessante descobrir as diferenças em relação à primeira experiência. Regressar a um lugar é completamente diferente da primeira visita. De conhecer novos cheiros, vivenciar tudo pela primeira vez é uma gratificante experiência. Apesar de ele acabar também por vivenciar novas experiências a expectativa é diferente. A idade e o espírito aventureiro é outra, o que altera tudo.
Acabei por dar valentes gargalhadas nas primeiras páginas, mas fiquei aborrecida com o desenvolvimento da história. Os dados geográficos são muito chatos e desinteressantes. São longos parágrafos cheios de números e questões que nunca suscitaram o meu interesse. Quando revelava histórias divertidas, quase retiradas um filme de comédia, dei valentes gargalhadas. Em outros momentos simplesmente senti-me incomodada com a falta de educação do autor (capítulo sobre a H&M, por exemplo).
No fundo, o propósito do livro atingiu-me. Fiquei com muita vontade de conhecer os campos verdejantes do Reino Unido. Também passei bons momentos com a leitura do livro e fiquei interessada em ler mais livros do Bill Bryson. Não foi o melhor livro de viagens que já li, acredito que o autor tenha conseguido melhor nos seus diversos livros lançados pela editora Bertrand em Portugal.