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amulherqueamalivros

Qua | 08.02.17

"Moonlight" | Um pouco de cinema

Cláudia Oliveira

 

De todos os nomeados, este é o meu filme preferido. Aquele que eu vou torcer com todos os dedos dos pés e das mãos para vencer o Oscar , para a história andar de boca em boca e ser visto pelo mundo inteiro. Primeiro, vamos falar da realização? Amei, é feito de detalhes. A câmara está tão próxima das personagens que somos absorvidos para dentro daquela história. Planos lindos, fotografia fantástica em tons azuis e roxas. É todo um clima sensual, sujo e dramático. Não vos sei explicar, não sou critica, mas o filme encheu os meus olhos e o coração. Vamos falar na história? A humanidade precisa desta história. Precisa de ver com olhos de ver. Precisa de entender o medo de quem quer assumir o seu papel no mundo mas não consegue. Precisa parar de apontar o dedo e usar a violência em todos os momentos. Precisa de deixar que o amor chegue a todos. Este filme entra directamente para os meus preferidos deste ano sem nenhuma dificuldade em relação aos seus concorrentes. E na noite dos Oscars, lá estarei eu, a torcer. A esperança é a última a morrer, não é verdade? Eu tenho tendência para amar dramas,com famílias disfuncionais. Conflitos, silêncios e pouca explicação por parte das personagens. Este filme tem tudo aquilo que mais gosto: profundidade. Vejam, o cinema chama por vós. 

Qua | 08.02.17

"A Dama de Espadas" | Alexander Pushkin

Cláudia Oliveira

A-Dama-de-Espadas.jpg

Gostei de ler este conto. A narrativa é simples e fluida. Fiquei presa ao enredo até ao final. Toca em alguns temas interessantes, a ambição, o vicio do jogo, as tradições da cultura russa. Puskine não me desiludiu e fiquei com vontade de ler mais contos escritos por ele. Alguma recomendação? Eu gosto dos russos, sempre gostei. Adoro a complexidade no meio da simplicidade. O jogo com o leitor e a lição de moral. As personagens são sempre interessantes e mesmo num conto nota-se alguma profundidade. O toque dramático também é bastante recorrente. Adorei quando a condessa pediu um livro ao neto e referiu-se aos livros de menor interesse como romances banais. Há uma pequena critica aos escritores banais e uma preocupação pela alta sociedade em ler somente literatura de qualidade. Esta condesa é uma figura. Mas quem vai brilhar é o jovem ambicioso Hermann.

Valeu a pena e recomendo.