Conversa fiada: La La Land, projectos literários, livros são armas
Onde falo da minha experiência com o filme "La La Land", da minha saga literária até ao Oscar e algumas reflexões
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Onde falo da minha experiência com o filme "La La Land", da minha saga literária até ao Oscar e algumas reflexões
- RussiaLit do blog maravilhoso "Sede do Infinito" da Catarina. Consiste em ler livros escritos por autores russos ou passados na Rússia. 2017 celebra o centésimo aniversário da Revolução Russa. Vou participar com a leitura de um livro.
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Gente, fui ontem ao cinema ver "La La Land" na sessão das 15:40 no Vasco da Gama. Estava ansiosa, queria amar o filme, queria apaixonar-me, queria sair de lá a dançar.
A primeira parte foi uma tremenda seca. Sério. Eu estava a ficar completamente decepcionada e triste. Será que tinha um calhau no lugar do coração? Será que tinha um problema qualquer por não estar minimamente apaixonada pelo casal do ano (Emma Stone e o lindão do Ryan Gosling)? Depois do intervalo. Sim, essa mania dos intervalos que quebram tudo. Depois do intervalo tudo mudou. O jogo virou e vi-me presa a cada nota musical. Eles cantam, sem serem extraordinários. Dançam, sem serem extraordinários. Mas é isso, é esse o brilho do filme. E mais, aqueles últimos minutos, aquele impasse, aquela tensão no último momento acompanhado pela música mais bonita que já ouvi este ano (ok, estamos em Janeiro). E a realização? De babar. Amei, este Oscar tem de ir para o realizador deste filme. Este realizador é autor de dois filmes recheados de música que mais gosto (este e o "Whiplash"). Damien Chazelle. Decorem. Os suspiros, as lágrimas, o meu estômago cheio de borboletas. Não sentia há muito tempo isto durante um filme. A vida ali espelhada, porque não é perfeita. Ao contrário dos que saíram com vontade de dançar, eu saí com vontade de repensar a minha vida. E cantar. E escrever. E amar. E a desejar que a minha vida também fosse um musical.
Vejam, não desesperem nos primeiros minutos e não tenham as expectativas muito altas. Vejam, apaixonem-se pela vida.