José Luís Peixoto | Prémio Oceanos 2016
José Luis Peixoto venceu o Prémio Oceanos 2016 com o romance "Galveias". Tenho tido oportunidade de ler os seus romances, podem ver a minha opinião em diversos textos: AQUI. Leiam, é maravilhoso!
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José Luis Peixoto venceu o Prémio Oceanos 2016 com o romance "Galveias". Tenho tido oportunidade de ler os seus romances, podem ver a minha opinião em diversos textos: AQUI. Leiam, é maravilhoso!
"O Crente" é do mesmo autor do livro "O Nadador". Não li o primeiro da série "Klara Walldéen", mas não foi necessário visto a história ser completamente independente. Tenho ouvido elogios rasgados a este autor sueco, assim como aos thrillers nórdicos no geral.
Antes de falar na história preciso ressaltar o trabalho da editora. Está de parabéns em relação à edição, esta capa é maravilhosa. De todas as edições, a portuguesa é a mais bonita. Gosto bastante do trabalho da Suma de Letras, é uma editora que prima pela qualidade do seu trabalho e estima os seus leitores.
Yasmine está em Nova Iorque quando recebe uma noticia: o seu irmão foi morto na Síria, a terra natal de ambos. Desconfiada, decide ir à procura da verdade. Segundo as noticias, Fadi morreu ao lutar ao lado do Estado islâmico. Regressar à Síria é sinonimo de mexer no passado. Será que ela está preparada?
O livro alterna a narrativa entre o presente e o passado assim como a voz no narrador na primeira e terceira pessoa. Ao contrário do que esperava, a história não ganhou ritmo ao longo das páginas lidas. Pelo contrário. A história é pouco fluida, não me prendeu e senti dificuldade em ligar-me às personagens. O facto de saltar no tempo e espaço deixou-me perdida em alguns momentos.
O que mais gostei neste livro foi descrição da ligação entre os irmãos. Apesar de distantes, a ligação entre os dois não é quebrada e estabelecem laços de cumplicidade. A descoberta por parte da Yasmine em relação às decisões do irmão é feita sem grandes surpresas e alguma compaixão. O regresso ao passado é feito com uma sensação de agonia. A história enquanto descortina a ligação do Fadi ao Estado islâmico procura informar o leitor de dados interessante sobre a religião e a forma extremista usada por grupos apoiantes. A forma como o escritor descreve algumas cenas de violência são impecáveis, de uma força brutal.
Cheguei ao final do livro um bocado desiludida devido às expectativas depositadas. No entanto, pretendo ler o seu primeiro livro "O Nadador" porque gostei da forma como o autor coloca intensidade nos momentos de tensão.
livro cedido pela editora