Gostei do filme. Não achei nada de especial, tem cenas que já vi em outros filmes de comédia. Consegui divertir-me e também emocionei-me. Basta falar de filhos e mães à beira de um ataque de nervos para eu identificar-me e chorar. Ainda por mais nesta situação: em casa com dois pequenos. Adorei ver a Julia Robert e a Jennifer Aniston e a Kate Hudson.
Este livro começa de uma forma muito misteriosa. A Laurel vê um fantasma que a leva até à piscina onde está um corpo. Laurel é casada, tem uma filha e uma vida normal. Mas claro, depois de um corpo ser encontrado dentro da sua piscina as coisas vão mudar. Apesar da população daquela vila afirmar que não passou de um acidente, Laurel acha que não é bem assim e tenta descobrir o que realmente aconteceu.
Este livro tem fantasmas. Sabem aquele jogo muito popular em que os participantes invocavam espíritos para responderem a algumas questões? Também entra nesta história. Portanto, quem gosta deste elementos vai achar alguma graça ao livro. Eu não costumo gostar muito de histórias sombrias mas gostei desta. Acho que o clima esotérico é bem caracterizado e conseguimos sentir a aura fantasmagórica. Felizmente li sempre o livro sozinha, caso contrário não sei se teria dormido. Mas eu sou mesmo assim com este tipo de histórias. Impressiono-me facilmente com estes elementos.
A narrativa é muito confusa. Tanto estamos no presente como saltamos para o passado. Não há um aviso e isso é cansativo e chato. Gostei do drama entre o casal, mas não simpatizei com nenhuma das personagens. O final foi diferente do que estava à espera. Gosto de ser surpreendida.
Tinha tudo para ser uma excelente história, mas a ambição da autora acabou por estragar parte do resultado final.
Fiquei extremamente impressionada com a qualidade de escrita sobretudo porque este livro foi escrito quando a autora tinha apenas 23 anos.
Singer e o Antonapoulos são dois amigos surdo-mudos. Vivem juntos há muito tempo e são inseparáveis. Até ao dia que acontece algo com o amigo e ele é internado num hospital psiquiátrico. Singer vê-se sozinho, completamente isolado. Mas as pessoas com quem ele lida no dia a dia começam a desabafar com ele porque acham que ele é bom ouvinte e os entende. Todos os personagens que vamos encontrar nesta história estão ligados de alguma forma e vivem situações de solidão e melancolia. Existe a Mick que tem sonhos relacionados com a música. Temos o médico que defende causas de igualdade raciais. Temos o dono do bar onde o Singer vai com distúrbios mentais e problemas de alcoolismo.
A história é triste e nós somos transportados para um estado de alma com uma carga emocional pesada. A narrativa é lenta, os acontecimentos são desencadeados com o mesmo ritmo. Talvez isso afaste algumas pessoas, mas foi exactamente isso que me aproximou dos personagens. Fiquei encantada com o Dr. Benedict. Através dele conheci as doutrinas defendidas pelo filosofo Karl Marx em relação à igualdade e forma de ver o mundo. E fiquei de boca aberta por sentir que alguns pensamentos meus eram entendidos e já alguém os tinha expresso.
"A terra, o barro e a madeira são recursos naturais. O Homem apenas os desenvolve e utiliza-os para o seu trabalho. Como tal, onde é que está escrito que uma pessoa, ou mesmo um grupo de pessoas, é dona deles? Como é que uma pessoa pode possuir terreno, espaço, luz solar e chuva para as suas colheitas? Que direito tem de reclamar essas coisas como suas e recusar-se a partilhá-las com os outros? Foi por isso que Marx disse que os recursos naturais deviam pertencer a toda a gente."
Este livro tem tantos mas tantos assuntos para discutir que é um óptimo livro para uma leitura conjunta. Também a condição da mulher é abordado pela personagem Mick. Ela lamenta-se das oportunidades que as mulheres têm em relação aos homens.
"Um rapaz tem muito mais hipóteses do que uma rapariga. Quero dizer, um rapaz consegue sempre arranjar um trabalho em part-time. sem ser preciso deixar de estudar, nem ficar sem tempo para as suas coisas. Não há empregos desses para as raparigas. Quando uma rapariga quer trabalhar, tem de sair da escola e empregar-se a tempo inteiro."
É um livro reflexivo. Profundo e transformador. Simplesmente adorei e recomendo imenso.