Utilizo a plataforma Goodreads todos os dias. Gosto de ir registando a evolução da leitura do momento. Ás vezes também gosto de deixar alguns comentários. Faço questão de ver o que andam a ler por este mundo fora. Algumas opiniões, as estrelas, as capas dos livros novos. Adoro. O Goodreads está com cara nova! Gosto muito. Para os interessados, aqui fica a minha conta.
Duas irmãs trocam cartas emocionantes e tristes. Cartas cheias de dor e transformadoras. A escrita cheia de erros aproxima-nos da Celie e da sua condição social. O meu estômago revoltado fez-me parar diversas vezes até ao final.
A história passa-se num período em que a condição das mulheres negras é completamente humilhante. Uma sociedade machista impera nos Estados Unidos, o racismo e a violência são temas abordados de forma crua neste livro. Como um murro no estômago fui confrontada com diversas situações, consequentemente senti necessidade de salvar a Celie.
O livro também tem momentos de grande ternura. A amizade de Celie com a sua amiga e confidente Sugar é linda. O final deste livro também me deixou uma lágrima ao canto do olho de tão bonito. Arrasador na forma como as personagens dão a volta por cima e consegue algo de bom. O que resta de tanta maldade praticada sobre a Celie está dentro do seu coração puro. A capacidade de perdoar e ser feliz é tão singelo. O livro consegue transmitir tanto sofrimento como amor.
Em 1985, o livro deu vida a um filme com o mesmo nome. Filme esse que recebeu onze nomeações ao Oscar. Em 1983 o livro tinha vencido o Premio Pulitzer e o American Book Award. Alice Walker infelizmente sabia o que escrevia, pois cresceu no meio do racismo e pobreza acabando por ser essa a sua inspiração.