Um dia, enquanto a Nadia está adoentada na cama, o seu marido leva o filho comum de três anos para integrar um exercito criado pelo ditador romeno Nicolae Ceausescu. Ele continua a viver a vida como se nada tivesse acontecido, ela quer rever o filho e vingar-se.
A escrita da Ana Cristina Silva é muito fluida, não enrola os acontecimentos, a história não perde o ritmo em momento nenhum. Não conseguia terminar de ler até descobrir o final. No entanto, acho que o final ficou muito aquém das minhas expectativas. Desiludiu-me. Apesar de ter sido coerente com as restantes atitudes, esperava que ela me surpreendesse, mas não foi o caso . A Nadia irritou-me várias vezes, o marido dela também. E isso prejudicou a minha apreciação.
Esta história é o retrato de um casamento infeliz, onde o medo domina a mulher e a impossibilita de ser feliz. A violência é silenciosa e tenebrosa.
Não fiquei emocionada nos momentos de grande tensão. Achei a escrita muito apática. O enredo tinha tudo para tornar este livro num romance de tirar o fôlego, mas não foi o caso.
Sinopse numa frase: Nadia precisa de encontrar o seu filho antes que seja tarde.
Vamos a uma leitura compartilhada? Um capítulo por dia, começamos dia um de Junho. Discutimos um capítulo todos os dias por aqui, Instagram (@claudiaosimoes) ou pelo Snapchat (@claudiaosimoss).
Foi o meu primeiro contacto com a escrita desta autora brasileira e fiquei agradavelmente surpreendida. Quero ler mais livros escritos por ela. Comecei a lerPerdas e Ganhos no ginásio mas tive de parar nas primeiras páginas porque acabei emocionada e precisava de recuperar o fôlego.
A escrita da autora é delicada, bonita na sua simplicidade e muito afectuosa. É como estar a conversar com uma amiga que nos conhece muito bem. São palavras sobre a vida, sobretudo sobre o amor e a felicidade. Lembrei-me muito da escrita da Eliane Brum quando estava a ler este livro.
"...digo que somos importantes e bons, e capazes, mas também digo que somos tantas vezes fúteis, que somos medíocres demasiadas vezes. Digo que poderíamos ser muito mais felizes do que geralmente nos permitimos ser, mas temos medo dos preços a pagar. Somos covardes. Mas há de ser um livro esperançoso: sou dos que acreditam que a felicidade é possível, que o amor é possível, que não existe só desencontro e traição, mas ternura, amizade, compaixão, ética e delicadeza."
"Marcados pelo que nos transmitem os outros, seremos malabaristas em nosso próprio picadeiro. A rede estendida por baixo é tecida de dois fios enlaçados: um nasce dos que nos geraram e criaram; o outro vem de nós, da nossa crença ou da nossa esperança."
Neste livro a Lya Luft mostra-nos o mundo através das suas palavras. Um mundo ingrato, mas bonito na maioria das vezes. Ela dá a entender que perdemos tempo com coisas desnecessárias, que devíamos aproveitar mais a nossa família e a beleza da vida. Eu concordo com ela.
Um livro para quem gosta de crónicas e de escutar os conselhos da sabedoria.
Sinopse numa frase: Lya Luft mostra como viver é tão simples e belo.