Reli este clássico para o Clube dos Clássicos Vivos, se numa primeira leitura dei quatro estrelas, nesta releitura ( com outra maturidade ) acabei por dar cinco estrelas. Foi uma extraordinária experiência de leitura.
Para quem estiver quase a desistir nas primeiras páginas, eu peço que insista, vale a pena. Tudo vai ficar mais claro. Eu não gosto de revelar a história, e acredito que muitas pessoas já a conheçam, vou antes tentar explicar os motivos para gostar tanto deste livro.
A aura obscura e a carga pesada ao longo de toda a história é atraente. Sinto-me hipnotizada, obrigada a ler esta história com os olhos arregalados e expectantes.
Os personagens são cheios de camadas, detestáveis mas fascinantes. Sobretudo, o Heathcliff, talvez um dos melhores anti heróis da história da literatura clássica. Com múltiplos defeitos, mas com a capacidade de amar fervorosamente. Vingativos, mesquinhos e mimados. Uma história de vingança cheia de ódio.
A escrita da Emily Brontë é espantosamente rica. Quem me dera que ela tivesse escrito mais livros. São parágrafos de uma enorme sensibilidade unida de uma vasta beleza.
O final talvez seja o que menos gosto no livro, fica uma sensação de vazio e tristeza. Talvez seja o que mais divide opinões. A história é poderosa e arrebatadora. Todos os personagens têm um final fechado, a autora não deixou pontas soltas.
Um livro para quem costuma adorar os vilões da história.
Os preferidos deste mês foram: O Monte dos Vendavais, A História do Novo Nome, Vozes de Chernobyl, Quarenta Dias e Ana de Amsterdam.
A minha estante recebeu 7 livros novos este mês. Dos 7 li 2.
Este ano comprei 39 livros. Li 58 livros até ao presente dia. Tem sido um ano espectacular de leitura e releituras. Aprendi o prazer de ler um livro pela segunda vez. Tenho descoberto autores novos sensacionais. Apesar dos meus dias estarem completamente preenchidos, a leitura tem sempre espaço no meu dia a dia. Mesmo quando estou a fazer passadeira no ginásio. É possível ler e ter dois filhos (e uma vida). E eu não tenho ajudas, sou eu e o meu companheiro nesta jornada. Acho que há sempre espaço para aquilo que mais amamos. Está a ser um ano maravilhoso a todos os níveis!
Em Maio, para o Clube dos Clássicos Vivos, vamos ler Orlando, da Vírginia Woolf. Entretanto, vou falando nas minhas leituras (e não só) no Snapchat (@claudiaosimoss).