O Papel de Parede Amarelo | Charlotte Perkins Gilman
Minha pontuação: 3*
Não conhecia a romancista Charlotte Perkins Gilman até descobrir este conto numa noite de insónias, O Papel de Parede Amarelo. Não podia ter escolhido melhor altura. Diz a Wikipédia que: "Ela era uma utopista feminista em uma época em que suas acções não condiziam com as atitudes das mulheres, e serviu de modelo para futuras gerações feministas por causa de seus conceitos não ortodoxos e seu estilo de vida."
A história gira em torno de uma mulher que fica presa ao seu quarto após um diagnostico de depressão calculado pelo seu marido, médico de profissão. Esta mulher começa a ter alucinações e outros problemas ao decorrer dos dias.
O conto retrata muito bem os problemas mentais e a obsessão em relação aos detalhes do quarto. É um conto bastante envolvente apesar de curto. Não se deixem enganar pelo tamanho. Confesso que os pêlos do meu braço arrepiaram-se quando terminei o conto no escuro do meu quarto. Não sou dada a livros de terror psicológico, mas foi bom sair da minha zona de conforto.
A depressão nervosa temporária era diagnosticada às mulheres no século XIX sempre que essas fugiam aos padrões normais estabelecidos pela sociedade. A depressão era uma doença considerada um capricho exclusivo das mulheres. O conto retrata como a doença era destratada pela sociedade e ignorada pelos médicos.
Para todos os leitores, especialmente para os interessados em literatura feminista ou para os que gostam de um bom terror psicológico.