Primeira leitura do ano. COmecei por um livro confuso. Ainda não percebi o que estive a ler durante duas horas. Não cheguei a conclusão nenhuma. É o pior que pode acontecer quando lemos um livro. Fiquei embasbacada com algumas passagens e confusas com a maioria.
Ainda fui em busca de outras opiniões de modo a ficar esclarecida, mas na verdade fiquei mais confusa. Não é a hora para este livro ou, não sou a leitora certa para este livro. Nem ando lá perto. Foi uma leitura aborrecida, difícil de terminar. Acho que não quero ler mais nada desta escritora. Pelo menos até esquecer-me deste livro.
Este livro está cheio de características especiais que me fascinam.
Começa logo por anunciar nas primeiras páginas que existiu um crime, o assassinado e os assassinos. Mas o interesse não é quebrado, vamos conhecer todos os personagens e a ligação entre eles. Alunos de literatura, com personalidades altamente interessantes e bem construídas pela autora. Gostei de todos, cada um com a sua particularidade. Os diálogos também são interessantes. Nada é deixado ao acaso.
O clima gótico, meio misterioso está patente em quase todos as situações até ao momento em que tudo se completa como um puzzle. Neste livro somos confrontados com todos os momentos de um crime, antes e o pós. Sentimos empatia por um personagem que irá desaparecer.
Gostei de tudo neste livro. E quando penso nele, penso num livro forte, cheio de camadas. Donna Tartt não é uma autora que todos gostam. Sou uma admiradora atenta ao seu trabalho. Li O Pintassilgo (leitura preferida de 2014) e este também entrou para a lista de melhores leituras de 2015. É aquela autora que prende a minha atenção e tem uma forma de escrever fascinante.
Um livro para quem gostou de ler O Pintassilgo e gosta muito de personagens interessantes, cheios de camadas.