Fui passear ao Oceanário com o meu filho. Foi um dia excelente. Aquele lugar é mágico. Muito bonito. Foi maravilhoso partilhar aquele momento com ele.
Eu, ao contrário da maioria, gosto de pessoas. Não de todas, mas de um elevado número. Sinto empatia por multidões, solitários felizes e/ou infelizes. Pode ser culpa dos livros que andei a ler ao longo de trinta anos. Quase de certeza. A empatia é uma coisa de livros. A falta dela é-me difícil de aceitar.
Deixei o carro no Oriente e fui de metro. O tempo estava quente. A Feira estava cheia de pessoas. A zona da LEYA tinha vários escritores a dar autógrafos. E assim que entrei dei de caras com o Mister Lobo Antunes. Está tão velhinho. Não parou de dar autógrafos o dia inteiro. Sempre de sorriso na cara. Fiquei muito feliz. Parecia eu que tinha reencontrado um amigo. De longe tirei uma foto. E segui a minha vida. A promoção da LEYA é: compre quatro, pague três. Tem vários livros do dia com preços muito bons. Mas na Happy Hour a confusão instala-se, estive lá o ano passado e sei. Vi a Rita Ferro com a Inês Pedrosa. A Rita mastigava a pastilha de boca aberta. A Inês dizia ao microfone que "...nunca discordo do Machado de Assis".Não comprei nada na LEYA, primeiro queria ver as bancas do fundo, alfarrabistas com preços excelentes. Foi aí que comprei os meus primeiros livros. Mas não consegui ver grande coisa, as pessoas agarram-se às bancadas e não dão lugar a ninguém. No outro lado, na Babel, a Daniela comprou o seu primeiro livro. A zona da Porto Editora estava uma confusão. Pessoas aos gritos, filas, não deu para ver nada. Sabia o que tinha em mente, Relógio d'Água. E foi nesta editora que estraguei o meu pequeno orçamento. Livros de três e cinco euros. Já andei a ver, nos sites de vendas os livros estão muito caros. Consegui aproveitar e trazer vários livros desejados há algum tempo. Por fim fomos à LEYA comprar o outro livro que a mana queria. Não comemos nada. Seguimos viagem felizes e contentes, com os braços doloridos. Depois regresso, mas desta vez só para ver. De preferência num dia de semana.
Estou tão cansada que não consigo escrever um texto com pés nem cabeça sobre o que aconteceu na Feira do Livro em Lisboa comigo e com a minha carteira. Nem sei quando será possível, amanhã vou passear com o meu filho e na segunda vou passear com a melhor amiga. Mas espero que o regresso seja breve.
Segundo a minha mãe o facto de eu não ir ao circo não vai acabar com o circo. Essa coisa de defender aquilo em que acreditam não vale de nada. Estão a ver? Nem sempre as mães têm razão.
Chegámos ao Dlog #100! Ninguém diria, logo eu que escrevo tão pouco.
