Finalmente, estive desde o dia 4 à espera. Culpa da Bertrand, lentos para processar uma encomenda. Nunca mais me apanham. Bem, com isto tenho mais seis livros novos na estante. Mostro num vídeo. Talvez na próxima segunda-feira. Não se assustem, são livros totalmente diferentes do que costumo ler. Por falar nisso, ando a ler menos do que estava previsto.
A capa brasileira é linda, pela editora Seguinte. Ainda não foi editado em Portugal o livro All The Bright Places . Mas devia. E deviam pensar em fazer um filme também.
Sem muitas expetativas, adorei a capa e foi isso que me empurrou para o livro . As criticas são extremamente positivas nos blogues, li algumas na horizontal para não ficar a conhecer a história.
Finch e Violet conhecem-se no topo de um edifício. Violet quer cometer suicídio, Finch salva-a. Como é conhecido por ser uma aberração, a história é contada ao contrário através de boatos. Na escola, Violet passa a ser uma heroína. Mas a história não fica por aqui. Violet tem problemas, Finch idem idem aspas aspas.
Sinceramente nem sei muito bem explicar o que senti quando terminei de ler este livro. Uma misto de emoções. Perturbou-me, emocionou-me e sensibilizou-me. Parei para reflectir por diversas vezes. Arrastei a leitura para durar mais tempo.
É um YA (young adult). É escrito do ponto de vista dos dois protagonistas de forma intercalada. Gostei bastante do ponto de visto do Finch. Ele é uma personagem muito bem construída. Interessante, cheio de camadas. Não quero desvendar muito da para não estragar a leitura de ninguém.
O tema central deste livro é o suicídio, o transtorno bipolar, a forma como cada um lida com a perda. Não me lembro de ter lido nada do género. "A cada quarenta segundos, alguém no mundo se suicida. A cada quarenta segundos, quem fica tem de lidar com a perda". No final, a autora explica que o seu bisavô morreu devido a um ferimento causado pelo próprio e como isso influenciou a sua família. Conta também que um menino que ela amava se matou. Este livro foi uma forma de expôr a sua dor também. De resolver os seus fantasmas. "Se acha que algo está errado, fale. Vocês não está sozinho. Não é sua culpa. Existe ajuda para você."
Fich quer ajudar Violet, deixar a sua marca no mundo. Ao longo do livro vamos conhecendo as motivações de cada um e perceber que afinal as aparências iludem, é necessário estar atento aos mais próximos. Existem mortes que podem ser evitadas. Podemos evitar.
Gostei bastante do Finch, do tema, da escrita da autora, da forma como conta a história. Excepto, do final. Não é não gostar, é querer que fosse diferente. Só isso. Contudo, faz todo o sentido. Nem ponho a escolha da autora em causa.
Super interessante os dados reais que são relatados no livro acerca do suicídio. Sabiam que o criador da marca Victoria Secret se suicidou? Histórias de pessoas que se mataram. Também são várias as citações de obras importantes neste livro.
Deixo a minha recomendação para um livro marcante e entusiasmante a cada página. Foi uma leitura espectacular. Contudo, quem lidou com a morte de alguém próximo irá aproveitar mais a leitura.
Não sei que nota dar. Isso também não interessa nada. Vou pensar.
Comprei bilhete para a estreia da peça Boeing Boeing no Teatro Villaret para o projeto Time Out in Time. Sofia Ribeiro, Luis Esparteiro, Melânia Gomes, João Didelet, Bárbara Norton de Matos e Elsa Galvão. Estou mega entusiasmada. Admiro a Sofia Ribeiro. Eu vou, eu vou! Os lugares estão quase todos ocupados. Farei vídeo com a minha opinão e da minha companheira neste projeto Marta Barroso. Antes da peça vamos passear a outro local super recomendado pela Time Out. Não vou esquecer-me de colocar as fotos, prometo. É um lugar muito bonito. Surpresa.