Ritos de Adeus | Hannah Kent
O livro não foi editado em Portugal. Li através de um e-book pt-br. A capa é simples, com duas rosas deitadas na neve. Gosto da capa. Não foi a culpada pelo meu interesse, foi a sinopse e as duas opiniões que eu vi no Youtube: Da Juliana d´O Pintassilgo e da Joana do Little House Books. Desde o vídeo da Ju que o meu interesse em ler este livro era imenso, a Joana ainda ajudou mais para empurrar o livro para o top da lista de espera.
Este livro conta a história da última condenada à morte por decapitação na Islândia em 1828. Agnes é acusada da morte de dois homens. No século XIX, era comum os condenados ficarem em casas familiares desconhecidas até à data da execução para trabalhos nas quintas. Foi o que aconteceu com ela. Foi enviada pelo estado para uma fazenda de uma família.
A autora fez trabalho de pesquisa para dar voz à criminosa, romanceou alguns factos e tentou encontrar uma justificação para os seus actos. Todos esses dados são revelados ao leitor.
Nunca tinha lido nada da autora.
Gostei pouco da escrita. Achei o ritmo da história muito lento, sobretudo quando Agnes começa a contar o que realmente aconteceu na noite do assassinato. O que mais gostei neste livro, foi a relação que Agnes consegue com a família desconhecida. E a última linha do livro. Sim, a última linha arrepiou-me.
Não consegui sentir pena da Agnes em momento algum. Achei-a fraca no papel de “coitadinha”. As justificações não me convenceram. Senti distanciamento emocional em relação aos outros personagens. Achei-os pouco desenvolvidos e aborrecidos.
Gostei da ideia geral da história, mas não gostei muito de ter lido este livro. Aborrecido na maioria das vezes. A Islândia fria é transmitida fielmente ao leitor através das descrições e convivência entre os personagens. Agnes está bem desenvolvida mas pouco credível, na minha opinião. Falta-lhe um passado consistente, sem os clichés do costume.
Dei duas estrelas. Bom, a última linha. E quando começamos a descobrir os motivos do assassinato.