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amulherqueamalivros

Sex | 27.12.13

"A Misteriosa Mulher da Ópera" de vários autores - Impressões às primeiras 30 páginas

Cláudia Oliveira
Sete autores portugueses juntaram-se e escreveram este livro. Nomes como Afonso Cruz, Alice Vieira e David Machado suscitaram a minha curiosidade em relação a este livro. A capa também me cativou, assim como o título.
Não li a sinopse, gosto de descobrir a história ao longo da leitura. Na capa, fui avisada - "De uma coisa podemos ter a certeza: as coisas não são como são". Comecei a ler este livro sem nenhuma expectativa, sem ter lido alguma opinião previamente. 
O primeiro capítulo começa por apresentar o personagem Sebastião, ou Roda. Sebastião apaixona-se por uma mulher em pleno Teatro São Carlos mas esquece-se do seu rosto. Vive amargurado com esse facto, mergulhado em absinto. Ele encontra, logo nas primeiras páginas e para piorar o drama em que vive, a mãe morta. Verde no pescoço, com um cheiro horrível. E o quê que ele faz? Mete uma ventoinha contra a pobre senhora em direcção à janela. A história é tão bizarra que até a morte que podia ser um tema pesado é retratado com humor. 
Infelizmente não sei quem é o autor deste divertido capítulo. Não temos indicação em momento algum. Pelo tema, diria que é David Machado. Pela referencia aos chapéus, diria que é Afonso Cruz. Vou ficar na ignorância. 
Estou entusiasmada com a leitura deste livro. O primeiro capítulo é dinâmico, divertido e muito criativo. A leitura perfeita para depois de um clássico. 
Sex | 27.12.13

"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen

Cláudia Oliveira

Decidi ler este livro há muito tempo atrás mas a edição da biblioteca era péssima e só voltei a arriscar quando comprei esta edição linda da Editora Civilização. Aconselho este edição para quem está a pensar comprar o livro. Demorei seis dias para terminá-lo, a leitura é feita de forma lenta. Este livro não com certeza o melhor livro para leitores de leitura rápida, é para apreciadores com paciência para uma boa historia.

 

O que conta este romance?

 

O romance conta a história de amor de Elizabeth e Mr. Darcy, na Inglaterra no XIX século . Como indica o título, ambos são levados a passar por cima dos seus defeitos e preconceitos para aceitar o amor. Existe também uma critica à sociedade inglesa naquela época. Mulheres preparadas e unicamente interessadas no casamento. 

 

O que mais gostaste?

 

Dos personagens. Adorei Mr. Darcy, nunca consegui odiá-lo. Gosto imenso de personagens misteriosos, caixas de surpresas. Ele encantou-me. Adorei o pai de Elizabeth, é o pilar daquela família, diz sempre as coisas certas. Acho que Jane Austen consegue construir muito bem todos os personagens, tornando-os humanos, com defeitos e qualidades. A história tem imensos personagens, dá um belo retrato da sociedade daquela época. 

 

A história de amor é muito bonita. Romper com os preconceitos e aceitar a chegada do amor é o momento alto do casal protagonista. O orgulho cega-nos. Não nos deixa aceitar a verdade. Ela, mais que ele, luta contra si mesma e quando percebe que está apaixonada sente-se aflita, com medo de aceitar os seus sentimentos. Ela tira conclusões precipitadas em relação ao carácter do Mr. Darcy. Nós também somos levadas ao engano. 

 

O que menos gostaste?

 

A narrativa é lenta. Foi difícil para mim entrar no romance. Arrastei até à página cem. Depois, comecei a gostar, acabei por ficar rendida no final. É o único ponto menos positivo, mas faz parte das características da autora. 

 

Mrs. Bennet é a personagem que mais me irrita ao longo desta história. Está permanentemente obcecada com o casamento das filhas e com o dinheiro dos genros. Acho-a fútil e extremamente irritante. Contudo, é uma personagem crucial nesta história. 

 

Recomendas o livro?

 

Sem dúvida. É um clássico muito bem escrito. Recomendaria sobretudo a apreciadores de clássicos e histórias de época. Outra recomendação é o filme, que apesar de inferior, está muito bonito. 

 

Conclusão

 

Que história maravilhosa! Estou completamente rendida depois de tanto resmungar com a lenta escrita de Jane Austen