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amulherqueamalivros

Qua | 29.11.17

UNIÃO ZOÓFILA E ANIMAIS NA LITERATURA

Cláudia Oliveira

Christopher Furlong/ Getty Images

 

 

A União Zoófila foi alvo de um assalto. Deixaram 800 gatos praticamente sem nada. O cofre foi vandalizado e abandonado perto das instalações da união Zoófila. Partiram seringas, garrafas de soro e danificaram equipamento. Que aperto no coração.  O acontecimento foi partilhado na página do Facebook da associação. Onde divulgam mais detalhes e pedem ajuda. A União Zoófila é uma Associação sem Fins Lucrativos. 

 

Situações de maus tratos ou abandono é de uma crueldade que não consigo compreender. Nem dá. Felizmente existem associações com um coração imenso. Por favor, como é que alguém chega ao ponto de entrar em espaço privado para dar cabo de medicamentos para animais? Não consigo compreender. Vou partilhar ao máximo a situação e já contribuí com um donativo.  Ajudem se puderem.

 

*

 

Não só na vida real os animais enriquecem as nossas vidas. Na literatura também. Desde pequeninos que somos confrontados com as históricas de encantar com animais. Desde o mau do lobo,os ingénuos porquinhos ou até mesmo o gato das botas e o seu olhar meigo. Li muitas histórias com animais. Algumas histórias marcaram-me imensamente, como são o caso dos títulos que quero sugerir. 

 

Protagonistas, personagens secundários, amigos, inspiradores. Nestas histórias os animais acrescentam e dão um toque especial. Salvam vidas em alguns casos. Hoje partilho sugestões literárias com animais. São todos recomendados, marcaram e fizeram dos meus dias um bocadinho melhor.

 

A Vida de Pi, Yann Martel

Uma história de sobrevivência com um final inesquecível. É um dos meus livros preferidos com uma adaptação igualmente especial. 

Beatriz e Virgílio, Yann Martel

 

É uma história bonita. Com uma lição de moral que vale a pena conhecer. 

Cão Como Nós , Manuel Alegre

 

Tive cães quando era mais jovem. Desde que saí da casa da minha mãe nunca mais tive um animal (quem sabe no futuro, se os meus filhos pedirem muito!). Este livro li já na minha casa e tocou-me muito. Chorei.

Marley & Eu, John Grogan

 

Esta história é tão bonita, sempre que vejo o filme choro litros e fico cheia de vontade de adoptar um cão. É maravilhosa a ligação entre os animais e os seus donos. 

 

Bob, Um Gato Fora do Normal, JamesBowen

Que livro tão fofo. Uma história inspiradora que provam que os gatos também são muito fieis e têm habilidades que poucos conhecem. 

Moby Dick, Herman Melville

 

Obra prima! Esta baleia é memorável e tem um encanto especial. Recomendo imenso, sem medos. 

 

 

 

 

Já leste algum? Pretendes ler? Conheces mais para além dos sugeridos, conta-me tudo!

Ter | 28.11.17

UNBOXING | O NOVO DO AFONSO CRUZ E OUTROS

Cláudia Oliveira

 Este é o vídeo com as primeiras compras feitas na Black Friday. Aproveitei sobretudo os descontos de 20% nas novidades. Só livros fantásticos que pretendo lr já em dezembro. Não deixem de seguir o Instagram para acompanhar as leituras e as novidades (@ClaudiaOSimoes). Há instastories todos os dias até ao Natal. 

 

Livros mencionados

 

"Jalan Jalan", Afonso Cruz

"Novas Cartas Portuguesas", Maria Isabel Barreno; Maria Teresa Horta; Maria Velho da Costa

"Os Passos em Volta", Herberto Hélder

"Os Cem Melhores Poemas Portugueses", vários

 

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Seg | 27.11.17

"O CROCODILO QUE VOA" | LUIZ PACHECO

Cláudia Oliveira

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Quero tentar perceber este fascínio que me fez ir até à biblioteca, pedir os escritos de Luiz Pacheco, assistir ao documentário sobre ele e ler dois livros de seguida.

 

Luiz Pacheco criou a Contraponto, uma editora que publicou Herberto Hélder (poeta maior, opinião “Letra Aberta”), Virgílio Ferreira, Manuel de Lima, Cesariny antes de ninguém.. Só publicava o que tinha qualidade, detestava gralhas e tinha uma forma de ver a literatura muito particular. E acho que é exatamente isso que me fascina, a forma como fala na literatura, escritores e poetas. As suas contradições são constantes em várias entrevistas e a má língua também. Não há uma mísera entrevista neste livro onde não agrida verbalmente os que outrora foram seus amigos. Nas suas palavras todos se venderam ao sistema, assinaram contratos para escrever e editar anualmente em troca de dinheiro, ou no caso do Cesariny, dedicaram-se a outros interesses para conhecerem a fama. Acho que único amigo salvo por esta corrente de criticas foi Herberto Hélder, homem com uma postura bastante reservada e dedicada à arte da escrita. Saramago é o cão da Agustina, Virgílio Ferreira só pensa em dinheiro, Antero de Quental é um homossexual disfarçado, Natália Correia uma lésbica devassa. Pacheco choca com as suas opiniões. Presumo que não vá agradar a muita gente. Li-o sem levar muito a sério o que diz. No entanto, consegui ver o seu amor pelos livros, a sua mágoa em relação ao grupo de amigos que se desfez.

 

Pacheco tem uma história de vida absolutamente cativante. Desde o número de mulheres (com 15 anos eram muito velhas), as hilariantes histórias de libertinagem e como acabou os últimos dias da sua vida. São páginas de entrevistas dadas a diversos jornais e revistas, num tom bem-disposto. Ri imenso, desprendi-me de ideias construídas à volta dos escritores mencionados. "Lobo Antunes tem muita inveja do Saramago. Pensava que podia ganhar o Nobel sozinho". Até da Pilar ele falou.

 

Antes das entrevistas li a obra-prima “Comunidade” que me fez admirá-lo como escritor e editor. É sua própria história, num tom melancólico e doce. Liguei a sua arrogância à dureza da vida. Ele era uma espécie de fantoche nas entrevistas. Nota-se em determinados momentos o aproveitamento por parte dos jornalistas. Quando tocam na ferida, repetem, insistem até que exploda com um “puta que os pariu”. Foi um homem com uma vida imensa, com um final medíocre porque quis manter-se à distância do deslumbramento proveniente da fama. 

 

"Crocodilo que Voa" chegou a ser o título de uma revista que o Luiz Pacheco e o poeta António José Forte planeavam fazer, mas que nunca chegou a publicar-se. Esta edição tem entrevistas do Rui Zink, Ricardo Araújo Pereira, Baptista Bastos, Paula Moura Pinheiro, entre outros. "Esse livro é uma merda! Isso é uma aldrabice. É bom para andar por essas pequenas editoras", responde ele ao semanário Sol em 2008 sobre o lançamento deste livro. 

 

Quero ler tudo o que ele escreveu. O próximo será a sua biografia lançada pela Tinta da China, de João Pedro George. 

Seg | 27.11.17

INSTASTORIES TODOS OS DIAS ATÉ AO NATAL

Cláudia Oliveira

 

Pronto, adoro o Instagram, consequentemente o Instatories. Talvez seja a minha rede social preferida neste momento (excluindo os blogues). Tenho os meus preferidos e não deixo de ver todos os dias as minhas contas preferidas.

 

Pensei em gravar vídeos até ao dia de Natal, mas sinceramente acho que vou deixar isso para outra altura. VEDA em 2018, talvez. Sugeri fazer a contagem decrescente no Instagram (@ClaudiaOSimoes) pelo Instastories. A ideia não é expor a minha vida durante o dia inteiro, é interagir e dividir algumas coisas. Escolhi algumas particularidades da minha rotina que ao longo do ano despertaram alguma curiosidade. Não vou deixar de fazer vídeos ou escrever nos blogues, mas pretendo diminuir. Quero aproveitar para ler os meus ricos livros, estar com os meus e passear. Para além disso tenho dois trabalhos do curso para entregar.

 

Para os interessados fica lista do que pretendo mostrar por lá.

 

Leituras: leituras em andamento, escolha da próxima leitura, compras, recebidos de parceria, divagações várias.

Lifestyle: bullet jornal, diário de gratidão, organização, poupança, vídeos e posts.

Pormenores: alguns eventos, situações do dia a dia, doces e natal.

 

Comecei hoje, se quiserem seguir é só entrar no meu instagram e espreitar. Dias bons para todos.

Dom | 26.11.17

NOVIDADE | "1640" | DEANA BARROQUEIRO

Cláudia Oliveira

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O primeiro romance histórico que li na vida foi desta autora, o maravilhoso "Sebastião e o Vidente" ( teve uma nova edição revista o ano passado).  Muitos anos depois a escritora Deana Barroqueiro regressa com "1640". Foi bom saber que ainda continuar a trabalhar nos seus livros. Aposto que este novo título é um trabalho requintado e primoroso. A escrita dela é maravilhosa, recomendo muito para quem gosta do género. 

 

SINOPSE

 

1640 é um marco fundamental na História de Portugal, o da Restauração da Independência, após 60 anos de domínio espanhol, quando os portugueses se revoltaram e elegeram um rei natural, D. João IV.

O meu novo romance, «1640», retrata a luta de Portugal contra o domínio de Espanha. A acção decorre entre 1617 e 1667, período riquíssimo em factos, dramas e personagens, que lutam pela sua libertação e sobrevivência, face a uma crise social, económica e política, imposta por Filipe IV/Olivares, coadjuvados por Diogo Soares e Miguel de Vasconcelos, um triunvirato que só terá paralelo na Troika de 2011.

Quatro guias singulares conduzem o leitor nesta viagem ao passado, através dos seus dramas pessoais e colectivos: o poeta proscrito Brás Garcia de Mascarenhas, autor da epopeia Viriato Trágico; a professa Violante do Céu, a Décima Musa da poesia barroca, enclausurada no convento; D. Francisco Manuel de Melo, o maior prosador ibérico do Século XVII, prisioneiro na Torre; e o P.António Vieira, o mais brilhante pregador do seu tempo, a contas com a Inquisição.

Actual é também a luta da Catalunha pela independência, que ajudou à nossa.

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