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amulherqueamalivros

Seg | 31.07.17

JULHO | RESUMO

Cláudia Oliveira

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Li 12 livros

2 livros infantis

10 autores novos

6 mulheres, 6 homens

 

"Café Amargo", Simonetta Agnello Hornby

"Carta a um Filho", Rudyard Kipling

 "O Castelo de Vidro", Jeanette Walls

"Um Mundo de Pernas para o Ar", Elan Mastai

"Fábrica de Melancolias Suportáveis", Raquel Gaspar Silva

"Canção Doce", Leila Slimani

"Dias Úteis", Patricia Portela

"Os Segredos que Nunca Nos Contaram", Albert Espinosa

"Livrarias", Jorge Carrión

"As Oito Montanhas", Paolo Cognetti

"As Palavras", Ladybird

"Nossa Senhora de Paris", Victor Hugo

 

 

  

Vídeos: 

CONVERSA FIADA | JOGADOR DE FUTEBOL APANHADO A LER

ELENA FERRANTE l SOBRE OS LIVROS E ENTREVISTAS

DÉJÀ LU | UMA DAS LIVRARIAS MAIS BONITAS

DE 5 EM 5 + LEITURAS EM ANDAMENTO (32)

S7 E1 GUERRA DOS TRONOS | resumo e comentários

"CAFÉ AMARGO" | SIMONETTA AGNELLO HORNBY (texto + vídeo)

"O CASTELO DE VIDRO" | JEANNETTE WALLS (texto + vídeo)

"AS OITO MONTANHAS" | PAOLO COGNETTI (post + vídeo)

 

 

Livros comprados: 6

Livros preferidos do mês: "As Oito Montanhas", de Paolo Cognetti e "Livrarias", de Jorge Carrión.

 

Como correu a TBR?

TBR JULHO | FEELING BOM

Correu muito bem. Li tudo, só estou a terminar um da pilha. Já tenho mais ou menos preparada a TBR do próximo mês. Vem aí muitos calhamaços. Agosto costuma ser um mês muito agitado e de poucas leituras. Veremos. 

 

 

 

Janeiro | Resumo

Fevereiro | Resumo

Março | Resumo

Abril | Resumo

MAIO | RESUMO

JUNHO | RESUMO

Seg | 31.07.17

"DIAS ÚTEIS" | PATRÍCIA PORTELA

Cláudia Oliveira

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Há dois anos que ando para ler algo da Patrícia Portela. Foi desta. 

 

Recentemente lançado pela Caminho, "Dias Úteis" tem pouco mais de cem páginas. Numa edição linda levou-me a uma compra por impulso. E mais uma vez não errei. Pelo contrário, é maravilhoso. Assumo que tenho algum receio em recomendar este livro. Tem pouco de linear e tradicional. Precisamos de sair da zona de conforto e dar lugar a novas vozes na literatura portuguesa.

 

Antes de começar a semana, temos um conto espectacular sobre o dia do GRANDE jogo. O mundo pára para ver o grande jogo. A ironia é presente nas palavras inquietantes que nos representam. Uma linguagem recriada, estendida para a filosofia, várias metáforas e alegorias.  Dias que perdemos aqui e acolá, e assim se passa mais uma semana. 

 

Um livro para reler. Um livro que acrescenta, nos vira do avesso e nos deixa a pensar. Que mais queremos nós da literatura? Foi uma leitura intensa e curta. Sobre isto de ocupar os dias, (in)conformados. Um conto por cada dia da semana. 

 

"somos todos zombies, nem carne, nem peixe, nem vivos, nem mortos, e não há plano de contingência para tamanha catástrofe natural."

 

Recomendado. Vou ler certamente mais livros da autora.

 

(livro comprado com algum risco)

Seg | 31.07.17

"AS IMPERTINÊNCIAS DO CUPIDO" | ANA GIL CAMPOS

Cláudia Oliveira

 

Foi a capa que despertou o meu interesse por este livro. Uma coisa leva a outra, acabei a virar do avesso o blog da autora Ana Gil Campos e consequentemente o interesse aumentou. Este não é o seu primeiro romance, já editou outros dois, todos com títulos bastante sugestivos e capas bonitas. "As Impertinências do Cupido" foi lançado pela Coolbooks em junho. 

 

Episódios amorosos em tempos modernos. Num ambiente familiar, num bairro Itaim Bibi, em São Paulo, onde as personagens acabam por se cruzar. Certamente que reconhecemos um ou outro casal próximo ou sentimos alguma identificação com algum diálogo. Acabamos a sorrir com algumas histórias e incomodadas com outras.

 

Curto, conciso e escrito de forma leve como uma bebida fresca no verão à beira da piscina. A autora não dá espaço para o leitor mergulhar nas histórias nem criar uma ligação com as personagens. 13 histórias muito breves que se lê numa tarde de verão. 

 

Mulheres inseguras e decididas, homens ciumentos e namoradeiros. Encontros e desencontros. Mensagens e convites para jantar. Redes sociais pelo meio, escolhas erradas e desejos casuais. Pessoas um bocadinho loucas, talvez demasiado concentras no amor e nas paixões perdidas. Será o amor sobrestimado?

 

Gostei, mas não é memorável. 

 

(livro cedido pela autora)

Sex | 28.07.17

LANÇAMENTO | "A ESTRADA SUBTERRÂNEA" | COLSON WHITEHEAD

Cláudia Oliveira

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Vencedor dos prémios National Book Award 2016 e Pulitzer 2017. Será lançado em Setembro pela  Alfaguara. Quero muito ler este livro sobretudo pela temática. Tenho a sensação que estamos perante um excelente livro. 

 

SINOPSE

A Estrada Subterrânea é a história de Cora, uma escrava que foge de uma plantação de algodão na Georgia e que embarca numa viagem através da mítica Undergroung Railroad, uma linha de comboio subterrânea que terá servido de fuga a milhares de negros durante o período do esclavagismo. Cora atravessando vários estados americanos, à medida que procura a sua verdadeira liberdade, e em fuga constante de um caçador de escravos.

 

Ficha técnica
A Estrada Subterrânea
De Colson Whitehead
ISBN 
978 989 665 280 7
384 Páginas
PVP c/IVA 18,80€

Qua | 26.07.17

ESCREVER E SER ESCRITOR (E ALGUMAS SUGESTÕES LITERÁRIAS)

Cláudia Oliveira

 

 

Escrevo desde os oito. Escrevi três livrinhos. O diário do André (inspirado nos diários de Adrian Mole), a história da Inês e outro inacabado cujo o nome da protagonista não interessa. Pedi uma máquina de escrever com nove anos e ainda a guardo no quarto com carinho. Enquanto não descobri a literatura pensei ser uma possível escritora. Pensei ter qualidades, maturidade e noção de todas as características para um romance. Fui para a escola, sonhava através das composições com mundos imaginários muito elogiados pelo professor careca de português. Gabava tanto a minha criatividade que passei a acreditar fortemente que tinha um talento. Escrevi uma peça de teatro representada diante da escola pela turma, subi ao palco com um ramo de flores. Os testes psicotécnicos sugeriram uma profissão ligada às humanidades. Nasceu um desejo na minha vida: ser escritora. E dizia a toda a gente. Sem vergonha, com os olhos brilhantes. Escrevi várias vezes esse sonho em todos os blogues que tive (desde 2006). Nos meus diários pessoais. Entre amigos, família. Queria ser escritora. Cheguei a participar em alguns concursos literários.

 

Cresci, infelizmente. A ingenuidade deu lugar à realidade. Conheci a literatura através dos russos e apaguei esse desejo porque não tenho nada para acrescentar. Não vou fazer a diferença. Quanto mais leio boa literatura mais tenho certeza que não passa de um sonho doido. O talento tem outro nome. Nomes gigantes. E para fazer igual ao que continuo a criticar prefiro manter-me afastada enquanto "o músculo da escrita" não é forte o suficiente. Nunca será, nunca terei a habilidade dos mestres. No entanto, o mercado parece ter espaço para todos. Um mercado que achava limitado ao talento, acabou por estender-se às estrelas, youtubers, actrizes cozinheiras, apresentadoras fit, apresentadoras românticas, etc...Não é com desdém que digo isto, só quero dizer que se calhar não é impossível editar um livro no mundo moderno. Ou auto publicar. Leio livros que são considerados os preferidos de muitas pessoas e repenso, consigo escrever um bocadinho melhor. Afinal uma das super dicas dos escritores é: leia muito. Eu leio muito, posso escrever um livro? Não creio. No entanto não me imagino a desligar a luz dos meus sonhos enquanto baixo os olhos e digo: esquece. O amor pode ser a (minha) única motivação (e a quantidade enorme de pessoas no mundo também) e a realidade o meu maior obstáculo.

 

No fundo, sempre escrevi melhor no escuro e a minha vida agora tem muita luz. As palavras não escorrem imparáveis, nem o meu olhar tem distância suficiente para alcançar o absurdo de tudo isto.

 

Deixo algumas sugestões para aspirantes a escritores,

 

"Poquê Ler os Clássicos?", Italo Calvino

"A Arte de Escrever", Arthur Schopenhauer

"Cartas a Um Jovem Poeta", Rainer Maria Rilke

"Para Ler como Um Escritor", Francine Prose

Qualquer livro do Bukowski

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